terça-feira, 20 de maio de 2014

Devocional - Do ponto de vista da Mulher Adúltera, que existe dentro de nós.

"Independente de qual seja a altura ou status, todos são do mesmo tamanho, quando se prostram diante de Deus. Independente de qual seja o tamanho ou intensidade de nossos pecados, todos são perdoados, quando nos prostramos diante de Deus. Quem facilmente se prostra diante de Deus, dificilmente se curva diante dos problemas." (Eu mesmo - Antes de me prostrar)

Bom dia à todos!

Pazaê!


Do ponto de vista, da Mulher Adúltera... Baseado em João 8:1-11



Hoje seria mais um dia como outro qualquer... Mas não. Infelizmente, eu aceitei aquele maldito convite! 
Depois de tanto tempo rejeitando-o, tanto tempo mantendo o meu nome limpo, eu cedi. Problemas em casa, problemas na família, as brigas com meu marido... É, eu sei que isso não era desculpa. Fui fraca. Vacilei. Por minutos, troquei a felicidade da minha vida. E mais do que isso, dei a minha vida. 
Como fui burra!!! Envolvida em meu desejo, em minha vontade desenfreada de pecar, me descuidei. Achava que poderia me esconder, mas não. Coloquei em risco a minha família, coloquei em risco o meu futuro, coloquei em risco, o meu nome. Por alguns momentos de prazer. E fui pega. Fomos pegos!
Sociedade Machista! A lei diz que ambos são culpados, mas na ânsia de me jogarem toda a culpa, deixaram que ele fosse embora... E o homem que jurou ainda à poucos minutos que faria loucuras por mim, mulher casada, foi o primeiro a me abandonar.
A lei diz que quem for pego no ato de adultério deve ser apedrejado até a morte... Eu nunca imaginei que poderia ter um fim assim. Queria envelhecer, ter filhos, ter netos, ser uma anciã cheia de saúde, mas o pecado me cegou. Agora estou aqui, sendo levada para ser morta, a pedradas... Será que vai ser rápido? Será que vai demorar?
Um dos que me levam, tem a idéia de me levar a té um Nazareno, para testá-lo. Pelo que ouvi, vão me matar na frente dele. Chegaram. Me jogaram ao chão com tanta força que eu caí de joelhos, com o rosto no chão, diante daquele a que eles iam consultar... Olhei os seus pés... Calejados, parece ser alguém que anda muito... Quando é que vão começar a me apedrejarem? Bem que poderiam me acertar primeiro em algum ponto vital, para que eu perdesse os sentidos, e não sentisse a morte chegando... Eu mereço essa morte. Não vi o meu marido. Queria que ele me perdoasse, mas não sou digna de perdão. Quero morrer logo. Não aguento mais. Uma multidão espera, todos com pedras nas mãos para começar o linchamento.
Eles conversam com o homem... Citaram pra ele a Lei, dizendo que eu devo ser apedrejada. Ele não diz nada... Olhando para o chão, vejo... Espera!!! Ele escreve algo... Parece querer mostrar alguma coisa... Com os dedos, ele toca o chão, e daqui eu consigo ver suas mãos... Ao tocar o chão, eu sinto um fio de esperança me invadir. Começo a me sentir confortável nesse posição. Ajoelhada, com o rosto no chão, diante de alguém seguro de si, e que cada movimento emana vida... Ele começa a falar... "Aquele que não tem pecado, que atire a primeira pedra..." Suas palavras me trouxeram paz. Já não desejo mais a morte. Eu quero a vida... A vida que sai desse Homem. 
Atrás de mim, percebo pedras caírem ao chão. Ao invés de serem lançadas na minha direção, elas são abandonadas no solo. Escribas, Fariseus, Homens da Lei vão embora. Os que me acusavam também se foram... A multidão se foi. 
Me levanto. Eu preciso saber quem é esse homem, que tem tanta autoridade. Mas não consigo olhar o seu rosto... Ele me chama "Mulher?" Eu já não era mais a adúltera, voltei a ser mulher. "Onde estão os que te acusavam? Não ficou ninguém para condenar você?" Ninguém, Senhor... Era tudo o que eu poderia dizer, já com o meu rosto banhado em lágrimas, sentindo a vida que fluía daquele olhar, daquela voz, a Sua Presença já me fazia muito bem. Eu não queria mais sair dali.

"Eu também não te condeno. Vai e não peques mais." Mas... Ele nem perguntou o meu nome, quem era eu??? Eu entendi. Quem eu era, não importava. A minha identidade não importava. Tudo o que importa, é que agora eu sou uma nova criatura, A Mulher Perdoada.



Abimael de Andrade - Min. Louvor Nascidos para Adorar

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