"Sem sonhos, não vale a pena viver." (Débora Pacheco)
Geralmente,
os meus devocionais são baseados em versículos bíblicos, e aplicados em
nossa vida secular. Hoje vou chegar ao nível 100 de loucura, e vou
fazer o inverso. Como? Eu explico para vocês.
Essa frase, foi
dita por uma amiga, e soou para mim, como um gongo oriental, me avisando
do início de uma luta. Hoje, como se eu tivesse uma máquina do tempo,
vou teletransportar a Débora até os dias de José no Egito, ou então
fazer o inverso, trazer José, para viver os dias da Débora.
Rapidamente,
deixa eu explicar quem é Débora. Débora, é casada com o Gláucio, um
amigo meu, parceiro de treino de Jiu Jitsu, portanto, amiga minha
também. José, de Canaã que estava no Egito, vocês já sabem quem é.
Vamos lá. José, escuta a frase da Débora. "Sem sonhos não vale a pena viver."
José
tinha 11 irmãos. Aos 17, seu pai o amava mais do que aos outros. Um dia
ele ganha uma túnica, uma roupa linda, caríssima, e o seu pai pede que
ele vigie as atitudes dos seus irmãos. Se José, sonhasse pequeno, ele já
estaria realizado. Aos 17 anos, ele era o líder de seus irmãos. Mas ele
não tinha um desejo, ou uma vontade. Ele tinha Sonhos. Seus irmãos passaram a odiá-lo.
Uma
noite, José tem um sonho... Sonhou que ele e os seus irmãos, colhiam
trigo. Em um momento, os feixes de trigo dos seus irmãos, se curvaram
diante do feixe dele. Ao contar, quase foi linchado. Mas José, se
lembrou... "Sem sonhos, não vale a pena viver." José começa a
entender, que uma bênção, só pode ser chamada de bênção, se ela puder
abençoar aos que estão ao seu redor. Mas ainda não era o seu momento. Os
seus sonhos, ainda produziam ódio aos seus irmãos...
Outra
noite. Outro sonho. Dessa vez, era maior ainda... Sonhou que o Sol, a
Lua, e onze estrelas, se curvavam diante dele. Vish... Dessa vez, foi
repreendido até pelo próprio pai. "Menino, você está achando, que eu a
sua mãe e os seus irmãos iremos curvar diante de você???" mas José tinha
um sonho. Ele sabia, que? "Sem sonhos, não vale a pena viver." Então ele passa a não contar mais os sonhos. mas não desistiu.
Tentaram
matá-lo. Mas ele sabia que os seus sonhos, o manteriam vivo. Foi
vendido. Foi escravo. Mas não desistiu. Foi escravo, de Potifar, Oficial
de Faraó, chefe de segurança do Egito. José se lembrava das palavras da
Débora, "Sem sonhos, não vale a pena viver" e decidiu ser o
melhor escravo do Egito. Foi o chefe dos escravos. Tinha livre acesso a
todos os lugares da casa. Até que a mulher de Potifar se apaixona por
ele. José poderia mais uma vez, se iludir, e achar que os seus sonhos
estavam se realizando ali. Mas não. Ele não tinha desejos. Ele não tinha
Vontades. José se lembrou dos feixes se curvando, da lua e das estrelas
se curvando, e ali na frente uma mulher bonita, atraente, egípcia,
casada, se oferecendo para ele. Não queria nada, apenas sexo. Não... Ele
não trocaria o Sol, a Lua e as Estrelas por uns momentos... Uma bênção, só pode ser chamada de bênção, se ela puder abençoar aos que estão ao seu redor. E essa bênção, seria a "dor de cabeça" do seu patrão. Ele escolheu a cadeia.
Na cadeia, José se lembrou, que "Sem sonhos, não vale a pena viver."
E decidiu ser o melhor preso. E foi. Foi colocado como o chefe dos
presos. O carcereiro. Cuidava dos presos. Poderia mais uma vez, se
iludir e achar que tinha o sonho realizado ali... Mas é claro que não.
Um dia, o copeiro e o padeiro do rei foram presos. E sonharam também.
Agora, mesmo preso, José começava a contagiar. Deus agora, não dava
somente sonhos a José, mas dava a interpretação deles. O padeiro sonhou,
José interpretou e aconteceu. o copeiro sonhou, José interpretou e
aconteceu.
A moral de tudo isso, vem agora... Quando Deus, deu a
interpretação dos sonhos do copeiro e do padeiro a José, Ele deu a
capacidade de José interpretar os próprios sonhos... E foi no pior
momento da vida dele, que ele soube o que significava, o Sol, a Lua, e
onze estrelas se curvando diante dele. Ele estava preso, mas acreditava e
sabia da dimensão do próprio sonho.
Um dia, o Grande Faraó Hicso tem
um sonho, que o deixa perturbado. Ninguém sabe o significado do sonho,
então o copeiro se lembra de José, que ainda estava preso. Faraó o manda
buscar. Imagino que enquanto José se arrumava, ele pensava... "Sem sonhos, não vale a pena viver." E foi. Vou adiantar o final.
José
interpreta o sonho de Faraó, e é colocado como Adon do Egito, Recebe o
nome de Zafenate Panéia, uma espécie de um segundo, um Chanceler do
atual Faraó. Houve uma grande fome no mundo, mas somente o Egito tinha
comida estocada, graças a inteligência e administração de José. Ele
tinha apenas 30 anos. O seu pai, e os seus irmãos, se mudaram para lá, e
ele construiu uma cidade para eles, e graças a José, a sua família não
morreu de fome. Ele viu, o sonho que sonhou aos 17, com 30 se realizar. O
Sol, a Lua, e 11 estrelas se curvando diante dele. Ele viu, que uma
bênção, só pode ser chamada de bênção, se ela puder abençoar aos que
estão ao seu redor. Todos os países vizinhos, foram até o Egito, comprar
alimentos dos celeiros que José havia mandado construir. o Egito se
torna uma potência econômica, por causa de José. José sempre sonhou
grande. E não se satisfez, perseguiu os seus sonhos. Correu. Lutou. Não
se contentou com as migalhas da vida. Não fez trocas, Não barganhou. Não
trocou o sonho por vontades, desejos ou por algo que valesse menos. Ele
teve a certeza, que UMA VIDA SEM SONHOS, NÃO VALE A PENA SER VIVIDA.
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