quinta-feira, 28 de março de 2013

O que vi da vida - Levitas

Depois de alguns dias sem me visitar, ela vem... Mansa... Toca minha cabeça, fecha os meus olhos, segura a minha mão...
Toca suavemente os meus dedos, que tranquilamente repousavam sobre o teclado, esperando a sua ação...
Tento comer, tento fingir que não a percebi... Mas ela está aqui. Insistente. Me abraça, me envolve, me joga no chão.
Com ela me sinto cercado pela Real Adoração. Seja muito bem vinda, Divina Inspiração.



Depois de algumas experiências hoje, quero falar do que é ser Levita.
O que é ser Levita e ser Adorador. Alguns dirão que falo mentiras, outros, confirmarão que digo a verdade.
Mas sem chance de entrar em debates, eu digo o que vi da vida,
E coloco aqui para que seja gravado, eu estou vendo, vivendo e vencendo, a minha realidade.

Por muitas vezes, me peguei perguntando o porque... Porque a vida de um Levita é sempre mais dura?
Já sorri chorando, já ministrei enquanto, situações na minha vida precisavam daquilo que eu estava falando!
Já agi como covarde, já fiz muito alarde, mas o Espírito e a Verdade, tornaram minha Adoração Pura.
Venci laços de morte, abandonei a sorte. E no Lugar Santíssimo, hoje eu estou sempre Te adorando.

Longe de hipocrisia, e sem demagogia, começo a entender o que se passa entre a nossa Família!
O nosso pai Jacó, a dar a benção antes de partir, abençoou a todo mundo, mas falou diferente a Levi.
Ficaria espalhado, mas um dia o Senhor nos viu. Não se curvou ao bezerro, somente ao Senhor serviu.
Não teria direito as terras, seguiria na frente das guerras, e é por isso que estamos aqui.

No deserto, os Levitas protegiam as demais tribos, espiritualmente. Evitavam que a ira de Deus se abatesse sobre eles, completamente.
E hoje, em nossas congregações, isso não é diferente. Em uma canção, devemos levar diante de Deus, pessoas com necessidades diferentes...

Vou parar de rimar, porque a coisa tá ficando séria.

Sempre tive em mente, que durante um período de louvor congregacional, se a igreja não não conseguir acompanhar o rítmo do Ministério de Louvor, a culpa é do próprio ministério.
Não existe igreja fria. Não existe igreja que não adora. A função de um levita, é abrir a porta do Lugar Santíssimo, onde está a Presença do próprio Deus, e dizer a Igreja: Vem, entre. A função de um levita, é trazer a Presença de Deus para o meio da Congregação.

Mas isso não é tarefa fácil, e poucos levitas entendem isso... Ou talvez, poucos aceitem isso.

Para ter acesso ao Santíssimo, é preciso Santificação... Não digo Santidade, pois Santidade é estado, Santificação sim, pois ela é processo... 
Não pensem que um Levita, já nasce adorando. Não senhores. Um Levita, tem um dia normal, como qualquer outra pessoa... Um Levita ama, um levita sorri. Um Levita, tem vida social, um Levita tem a sua vida secular. Um Levita se machuca, um Levita se fere. Um Levita se cansa, ao ponto de se sentir exausto... Um Levita, também está sujeito a pecados. Mas tem a a adoração... Um Levita, tem a responsabilidade, de conduzir um povo, até o local da adoração... 
Então, o Levita ao se santificar, experimenta o Bálsamo. Entrega nas mãos do Pai todos os seus problemas... Recebe o perdão. Recebe a cura. Assim como Paulo, recebe o que também precisa entregar.

Quando ministra, ministra o que vive. Quando fala, fala do que viu, E quando convida para entrar no Santíssimo, é porque ele estava lá... E conhece bem o lugar. 
Esse momento, vai muito além do que pedir para cutucar o irmão... Vai muito além do que pedir para bater palmas... Vai muito além... A intimidade com o Pai, é visível, quase palpável. Pessoas se abraçam porque sentem isso. Pessoas batem palmas, porque precisam adorar ao Pai, de todas as formas possíveis. Assim como Moisés que quando desceu do Monte, ao receber as tábuas da Lei, seu rosto brilhava pois era o reflexo do próprio Deus... Um Levita, o ápice da sua vida é o momento da ministração. Resultado disso, é ver que aqueles que esperaram tanto por aquele momento, sentem a Real Presença. Ele está ali, na frente, Levita. Sua vida é um livro aberto, pois ele vive a Bíblia. 
Pronto, mais um dever cumprido. 

A igreja não adorou... A culpa é do Levita. A igreja não cantou a música... A culpa é do Levita. Seja por limitações técnicas, ou por desleixos espirituais, a culpa sempre será do Levita. E se deu certo? A obrigação é do Levita.

Caminhando por essa linha, chego à questão financeira... Discordo de algumas cobranças de cachês. Mas vendo o que acontece, entro em contradição comigo mesmo... Porque não?
Meninas pagam 200 reais em abadás, para serem ultrajadas em Axé... Senhoras, pagam 300 reais em ingresso, para tentarem ganhar uma rosa do rei... Milhões são gastos na Festa do Peão, na OctoberFest... Lugares onde todo o mal é disseminado. E pessoas pagam para estar lá. E para sentir a Presença do Papai??? Quanto vale, chegar se sentindo imundo e sair se sentindo o filho mais amado? Quanto vale, chegar cheio de pecados, e em uma só música pedir perdão e se sentir perdoado? Quanto vale uma cura? Quanto vale uma libertação? Quanto vale, entrar no Lugar Santíssimo? Deveria ter cachê de Um Milhão. Mas o Levita, faz isso com amor e por amor. E vive disso também... Gravar CD? Isso é material... Pra sentir de verdade, tem que estar junto, no mesmo mover espiritual.

Ainda, algumas perguntas estão sem respostas. Mas não importa. Mais do que a vida, um Levita tem a eternidade... E bola pra frente. Segue a pauta. Siga as notas... Porque preciso estar pronto, para mais uma ministração.

Finalizando... Quem não é Levita???


(Abimael de Andrade)


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